WEBINAR QUALIDADE DO AR INTERNO – 12/05 às 17h

WEBINAR QUALIDADE DO AR INTERNO

Construções Saudáveis e as Certificações WELL e FITWEL, doCovid-19 para o Futuro

Neste primeiro evento da série de Webinars que será promovido pela StraubJunqueira, nosso Diretor Eduardo Straub, recebe Leonardo Cozac – Eng., Diretor da Conforlab Engenharia Ambiental e Diretor de Operações e Finanças da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

Em um bate-papo de 1hr, eles irão abordar a importância da qualidade do ar interno e cuidados que vão desde o controle das fontes poluidoras, ventilação e limpeza do ar.

Se a preocupação com a Qualidade do Ar Interno estava ficando cada vez mais evidente antes da pandemia, de agora em diante se torna um caminho sem volta. Em breve as atividades em edifícios comerciais, escolas e varejo voltam ao normal. Como será que esses setores estão ou devem se prepapar para garantir um ar saudavel, que não coloque em risco a saúde das pessoas?

Esses serão alguns dos assuntos abordados por eles!

Então marque na agenda e venha conosco – 12/05/2020 das 17h às 18h.

Increva-se

Webinar: QUALIDADE DO AR INTERIOR: O Olhar das Certificações LEED e WELL sobre os Impactos na Saúde

Quarta-Feira, 28 de Março de 2018 | 14h – Horário de Brasília
A StraubJunqueira em parceria com a UL Environment irão promover uma palestra online e gratuita sobre a Qualidade do Ar Interior: Olhar das Certificações LEED e WELL sobre os Impactos na Saúde. E você é nosso convidado!

O objetivo do evento é mostrar a importância da qualidade do ar de ambientes internos, os impactos na saúde e a relação com as certificações LEED e WELL. Os principais pontos a serem abordados no webinar serão:

  • Principais causas da poluição do ar de ambientes internos
  • Como evitar a poluição em ambientes internos
  • Regulamentos e normas aplicáveis
  • Certificação de produtos e ensaios de emissões químicas aplicáveis
  • Aplicação nas certificações LEED e WELL

Faça sua inscrição e garanta sua presença através do Link. Próximo a data do evento você irá receber no e-mail cadastrado o link de acesso ao vivo. A palestra tem duração prevista de 45 minutos e mais uma rodada de perguntas de 15 minutos.

Esperamos você!

Atenciosamente,

Equipes StraubJunqueira & UL Environment

Palestra SJ – LEED no Brasil e o futuro sustentável das construções

No dia 08/11 a Arq. Luiza Junqueira estará no Instituto de Engenharia ministrando uma palestra sobre certificações ambientais e em especial a Certificação LEED, presente no Brasil desde 2007.

Será apresentado os últimos dados de mercado das construções sustentáveis, que já representam hoje 10% do PIB da Construção Civil, e abordado as diferentes certificações ambientais e suas aplicações, em especial a Certificação LEED. Trata-se do sistema de Certificação mais utilizado no Brasil e no mundo, presente em 150 países e territórios
Será abordado também sua aplicabilidade nos diversos setores, dificuldades, benefícios e novas tendências.

A inscrição é gratuita, não perca!

Onde: Instituto de Engenharia – Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 – Vila Mariana – São Paulo/SP

Quando: 08/11 as 19h30

Para saber mais e se inscrever, acesse o Link.

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 3

Capítulo III – O Surgimento do Imago

As certificações são enormes navios “quebra-gelo” passando por trechos marítimos completamente congelados. Esses navios são essenciais para que outros possam vir atrás sem correrem o risco de afundar. Geralmente é isso o que digo quando me questionam sobre a importância das certificações. E voltando um pouco para os meus tempos de FGV, quando terminei o MBA fiquei tentando assimilar tudo o que eu tinha visto e aprendido ao longo daqueles anos. Basicamente, estudamos como a sustentabilidade pode e deve ser incorporada na nossa atuação pessoal e profissional, de como são importantes as políticas públicas e empresariais, de ter uma boa governança, ser transparente, ter valores, de saber nossas responsabilidades, de agirmos com ética e compreender, um pouco mais, o real significado da palavra liberdade. Liberdade nada mais é do que termos uma sociedade mais justa, uma sociedade que proporcione uma base mais igualitária para darmos o direito de escolha para que o indivíduo possa ser quem realmente ele deseja ser. Dentro de tudo isso, podemos entender que o desenvolvimento sustentável só existe de fato quando nós (sociedade, indivíduo, organizações e governo) pensamos e agimos dentro dos pilares da sustentabilidade. Temos que transformar a nós mesmos e o meio à nossa volta.

Na figura abaixo tento transcrever isso mostrando os ambientes interno e externo. O interno seria, por exemplo, a organização, o indivíduo. O externo é a cadeia que faz parte daquela organização ou indivíduo. A questão é que se trilharmos sozinhos o caminho para o desenvolvimento sustentável, podemos nos decepcionar ao chegar lá e perceber que ninguém mais veio. Por isso é importantíssimo o compartilhamento do conhecimento, da aprendizagem, dos erros e acertos ao longo do percurso.

Figura – Modelo de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável. STRAUB, 2014.

Comparando a Interface com a Marcetex, o despertar da Marcetex para a sustentabilidade aconteceu em 2016, 22 anos após o despertar da Interface, 10 anos após o anúncio do programa “Missão Zero” e 4 anos antes do atendimento de todas as suas metas. No entanto, a Marcetex ainda é uma das empresas pioneiras no Brasil quando o assunto é sustentabilidade. Como uma lagarta que prepara sua metamorfose, a Marcetex deu um importante passo.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Texto escrito por:

 

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os outros capítulos:

Texto originalmente escrito no Blog do GBC Brasil

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 2

Capítulo II – Da Lagarta à Pupa

“Queremos dar o próximo passo.” Leopoldo, responsável pelo departamento estratégico da Marcetex, iniciou a conversa. “Além de outros produtos, fabricamos divisórias para escritórios e gostaríamos de entender o quanto e como podemos contribuir para o LEED.”

Foi interessante perceber essa inversão de papeis. Geralmente somos nós que vamos até a indústria mostrar a importância de incorporar a sustentabilidade em seus produtos, mas, nesse caso, foram eles que chegaram até nós.

Nesse parágrafo, talvez escrevesse sobre como mapeamos todos os critérios ambientais dos produtos da Marcetex e também da sua cadeia de fornecedores; explicaria minuciosamente o cruzamento que fizemos a partir desses resultados com as exigências das certificações mais expressivas do mercado; entraria no resultado final de sua contribuição para o LEED dizendo que hoje a Marcetexatende um total de 2 dos 9 pontos possíveis e mostraria, inclusive, uma figura do resultado final e que intitulamos de DSP – Declaração Sustentável do Produto.

Figura – DSP Marcetex, SJ 2017

Contudo, quero contar uma outra história. Não estamos falando de transparência? E o que seria a transparência senão uma forma do entendimento do seu ser. Do entendimento dos seus erros e acertos. De saber, que muitas das realizações vêm de fracassos… e de não ter medo de expô-los, pois sem eles não haveria a experiência. Por isso, gostaria de contar a história de como uma “exigência” do mercado vem transformando toda uma empresa e nada melhor do que a reflexão de quem participou de todo o processo.

“A realização do diagnóstico para entender o grau de sustentabilidade dos nossos produtos nos deu uma nova visão, um novo olhar para os nossos processos. Houve melhorias na postura da empresa, em nosso comportamento e isso vem se refletindo desde a forma de como estudamos a composição dos materiais até como buscamos fornecedores em nossa cadeia.

O estudo nos possibilitou apontar fornecedores que seguem as exigências do LEED e, principalmente, aqueles que atendem aos requerimentos de VOC e materiais tóxicos. Foram contratados novos fornecedores de colas e tintas, porém, não excluímos os fornecedores antigos. Não faz parte da política da Marcetex excluir, mas trabalhar de forma a capacitar e incluir aqueles que compartilham da mesma visão que temos. Dessa forma, em um dos casos ajudamos um de nossos fornecedores de tintas (lacas e vernizes) para interiores a obter os laudos de VOC para os seus produtos. Em outro caso, temos um pequeno fornecedor de mão de obra que está a anos conosco. Ele tem uma oficina mecânica e cuida da nossa frota. Por ser pequeno, ele não sabia da exigência de uma Licença de Operação para suas instalações e tampouco sabia como fazer para obtê-la. Poderíamos simplesmente ter trocado de fornecedor, porém, escolhemos por usar nossa estrutura para orientá-lo e auxiliá-lo de todas as formas para que ele obtivesse sua licença.

Com este novo conhecimento foi possível entender a receita de produção das divisórias e apresentar os produtos com total transparência, sem ocultar eventuais “vilões ecológicos”, a fim de mensurar o real desempenho ambiental e técnico dos mesmos. Este conhecimento também foi muito importante na implantação do novo processo de orçamentos e custos, trazendo um controle melhor dos custos e preços a serem praticados.

No processo produtivo fazemos agora a gestão correta dos resíduos. Todo resíduo é separado e destinado para locais que tenham as licenças em dia. E esse também foi um ponto de mudança comportamental nosso. Hoje, nossos colaboradores entendem a importância da reciclagem e acaba que nos policiamos sempre que há algum deslize.

Em suma, podemos dizer que o diagnóstico deu um upgrade na atuação ambiental da Marcetex, potencializou o atendimento que já é realizado, realçou as certificações vigentes na empresa como o FSC e a ABNT Rotulagem Ambiental e fundamentou as estratégias em relação aos próximos passos que a Marcetex precisa percorrer em relação a sustentabilidade. São elas: novas certificações, novos relatórios, gestão de qualidade, entre outros.” (Adalberto Alves. Marcetex, 2017)

Sigmund Freud disse certa vez “Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.”

Texto escrito por:

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os outros capítulos:

Texto originalmente escrito para o Blog do GBC Brasil

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 1

Capítulo I – A Eclosão do Ovo

Ainda lembro bem do barulho da primeira bomba que escutei vindo do lado de fora da janela, enquanto assistia a uma aula sobre Negócios e Desenvolvimento Sustentável do alto de uma das salas de aula do prédio da FGV, na Paulista. “Será que vão fechar o metrô?” Alguém me preocupou.

Era 6 de Junho de 2013 e naquela época cursava um MBA sobre Gestão em Sustentabilidade. Do lado de fora, manifestantes declaravam guerra contra o aumento das tarifas do transporte público. Menos de 1 ano depois, ouvia-se nas ruas os gritos de “Não vai ter copa!” de um povo cansado de ver seus impostos escoando pelos ralos da corrupção. E em Julho de 2016, 2 anos após a primeira bomba, a população se movimentava a favor do impeachment de seu presidente e para cobrar, de todos os seus políticos, mais transparência.

Transparência… antes de falarmos de sustentabilidade e de seus pilares, temos que ter a transparência incorporada em todos os nossos atos. Ela tem que fluir de forma natural, inconsciente.

O próprio LEED, em sua versão mais atual, deixa de buscar apenas a performance em seu capítulo de Materiais e passa a dar ênfase na transparência dos produtos e materiais incorporados no edifício. Ainda permanece todo o conceito de regionalidade, conteúdo reciclado, madeira FSC, materiais de reuso e etc, porém, eles são agora uma opção dentro de um crédito que pede que os fabricantes de materiais possuam um relatório público detalhando seus fornecedores de matérias-primas, local de extração dessas matérias-primas, compromisso de responsabilidade para o uso da terra e de redução dos impactos ambientais.

Outros créditos dentro da categoria de Materiais do LEED exigem o EPD ou ACV dos produtos, trazem uma opção de buscar o ACV da edificação como um todo, pedem por uma lista de substâncias químicas utilizadas nos produtos e que atendam a programas como o CASRN, HPD, Cradle to Cradle, GreenScreen e o REACH.

E foi justamente por causa do LEED que a Marcetex chegou até nós. Como escrevi em outra publicação intitulada Tendências para o Setor Residencial, estamos vivendo uma mudança comportamental. Ou seja, a sociedade vem buscando por uma melhor qualidade de vida, por uma alimentação mais adequada e saudável, por empregos e formas de trabalho que nos proporcionem satisfação pessoal e profissional, por flexibilidade nos horários para que possamos trabalhar e também passar um tempo com nossas famílias e amigos e, como consumidores, comprar produtos que não agridam nem ao meio ambiente e nem a nossa saúde.

Algumas empresas como a Votorantim e a Isover Saint Gobain já entenderam essa nova tendência e hoje possuem em sua linha produtos com EPD (Environmental Product Declaration ou Declaração Ambiental do Produto), que nada mais é do que uma ACV (Análise do Ciclo de Vida) realizada a partir de regras específicas para aquele produto e que, ao final do estudo, passou por uma auditoria. A Armstrong, além do EPD, possui também o HPD (Health Product Declaration), cujo objetivo é informar os riscos associados à saúde humana de componentes e substâncias de um determinado produto.

A Interface, case no 1 quando o assunto é sustentabilidade, entendeu essa tendência em 1994 quando começou a focar no pilar ambiental da sustentabilidade e anunciou, em 2006, o programa “Missão Zero”, cuja meta é transpor as 7 fronteiras descritas abaixo até 2020:

1.       Eliminar qualquer tipo de geração de resíduo;

2.       Eliminar a emissão de substâncias tóxicas na fabricação de seus produtos, na sua operação e de seus veículos;

3.       Operar apenas utilizando energia renovável;

4.       Redesenhar seus processos e produtos para utilizar materiais de reuso e bio-based;

5.       Transportar pessoas e produtos eficientemente para eliminar resíduos e emissões;

6.       Criar uma cultura interna que utilize os princípios da sustentabilidade para melhorar a vida e os meios de subsistência de todos os seus stakeholders;

7.       Criar um novo modelo de negócios que demonstre e suporte os valores do comércio baseado na sustentabilidade;

Essa mudança repentina de comportamento ao passar a priorizar a sustentabilidade como estratégia e incorporá-la no modelo de negócios da empresa ainda é raro de se ver, contudo, será mais frequente daqui para frente. Na frutaria aqui perto de casa, entre o tomate com selo orgânico e o “normal”, vejo cada vez mais as pessoas paradas, atentas e comprando da baia de orgânicos.

Texto escrito por:

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os próximos capítulos:

Texto original publicado no Blog do Green Building Council Brasil

Curso “Como se Tornar um LEED GA”

Nos dias 28 e 29/09 das 9h as 18hs, a Arq. Luiza Junqueira irá ministrar o curso “Como se Tornar um LEED GA”.
Realizado pelo Green Building Council Brasil em parceria com a LG, o curso é o passo inicial e fundamental para todos profissionais que desejam ingressar no universo das construções sustentáveis e Certificações LEED.
Por ser presencial é uma ótima oportunidade para exaurir ao máximo todas as dúvidas, fazer networking, conhecer estudos de casos e entender como funciona esse mercado em constante crescimento!

Inscreva-se em https://goo.gl/cP1KXY

Resumo da StraubJunqueira na #ExpoGBC17

Na ultima semana a StraubJunqueira participou ativamente da GreenBuilding Brasil, o maior evento de construção sustentável da América Latina. Foram dias bastante agitados e muito produtivos para a SJ. Terminamos a semana cansados mas com muita alegria, orgulho e sensação de dever cumprido!

Confira o resumo dos principais acontecimentos:

Terça-feira – 08/08:

1. Os dois únicos projetos WELL do Brasil, apresentados pelo CEO do IWBI- Rick Fedrizzi, são de nossa consultoria;
2. Palestra, em parceria com o arq. David Ito, para apresentar o Projeto “Somos Todos Imigrantes” que estamos fazendo a consultoria GBC Casa;
3. Palestra do projeto “Residencia HLC” no Expo Stage Hall, que recebeu a Certificação GBC Casa Ouro (Primeiro do Brasil exceto versão piloto), sob nossa consultoria;
4. Resultado de um estudo intenso de sustentabilidade na indústria e a aderência às certificações LEED feito para a Marcetex e divulgado no stand deles;
5. Maquete do Projeto “Casa das Birutas”, que estamos desenvolvendo a simulação de eficiência energética para a Certificação GBC Casa.

Quarta-feira – 09/08:

1. O dia começou cedo no café da manhã das mulheres. A Arq. Luiza Junqueira participou como Honorary Chair;
2. Em seguida foi o Eng. Eduardo Straub que apresetou, em parceria com o USGBC e IWBI, uma palestra sobre LEED & WELL e o futuro das construções. A palestra lotou e agradou muito;
3. Mais tarde foi a hora de homenagear Henrique e Luciana Cury, entregando ao casal a placa da Certificação GBC Casa Ouro da residência deles.

Quinta-feira – 10/08

  1. Palestra dos Arquitetos Luiza Junqueira e Leopoldo Pelico e do Eng. Adalberto Alves sobre o Case de Sucesso “Martecex” no Expo Stage Hall.

Sexta-feira – 11/08

  1. Dia de visita técnica na Residência HLC Certificada GBC Casa Ouro. A visita foi guiada pelo Eng. Eduardo Straub que mostrou todas as tecnologias incorporadas na residência que contribuíram para o resultado da Certificação.

Agora vamos em frente, continuar trabalhando duro que o ano esta somente na metade!

LEED V4 – Mais um passo para a construção de um futuro mais sustentável

A StraubJunqueira é destaque mais uma vez na revista GBC Brasil!

“Nova versão do LEED traz inovação, regras mais rígidas e um olhar totalmente novo sobre o ciclo de vida da edificação. ” 

A Arq. Luiza Junqueira deu uma entrevista para a última edição da revista GBC Brasil (Ed. Jun/Jul 2017). Em matéria sobre os novos critérios do LEED V4, a arquiteta fala sobre a importância das Declarações Ambientais de Produto (conhecidas como EPD, que refere-se às siglas em inglês), tanto para as indústrias como para os consumidores finais.

Ainda, de acordo com Luiza, “O objetivo final de um EPD é servir como um documento de comparação. A partir do momento que eu tenho o EPD de um produto A, e de um mesmo produto B, eu consigo comparar quais são os impactos ambientais de cada um deles. Além de trazer a garantia de que as informações ambientais que foram declaradas pelo fabricante são verdadeiras.”

Em função das novas adaptações do LEED V4, mais especificamente no que tange às exigências relacionadas aos materiais e Declarações Ambientais de Produto, a StraubJunqueira abriu um novo núcleo de negócios focado em prestar consultoria à industria e fornecedores da cadeia de construção civil.

Leia abaixo a matéria na íntegra e saiba mais!

   

O Brasil passa por uma crise econômica e política sem precedentes – por Luiza Junqueira

Todos os dias, no mínimo desde 2015, escutamos alguma notícia sobre a crise econômica brasileira. De fato o Brasil passa por uma crise econômica e política sem precedentes e em meio a este cenário, um dos setores que mais sofrem é o da construção civil. A crise traz diversos impactos como a diminuição dos lançamentos, as taxas de vacância cada vez mais altas, as demissões em massa e a retração do setor. Somado a esses problemas, seguem-se uma série de escândalos de grandes empreiteiras associadas à Lava Jato e suas consequências como uma cascata inevitavelmente atingem os diversos fornecedores e prestadores de serviços ligados à essas grandes empresas.

Esse cenário traz um certo desanimo a primeira vista. Mas o fato é que são nesses momentos que devemos nos agarrar a novas oportunidades e nos capacitar para estarmos preparados para quando a turbulência passar!  Essa fala otimista soa até um pouco clichê, mas levantei algumas informações bastante relevantes que vão fazer você pensar duas vezes antes de falar que sua atividade foi impactada pela crise.

Começo com uma provocação; Você já ouviu falar em empregos verdes?

De acordo com a Organização Mundial do Trabalho “Os empregos verdes são empregos formais que contribuem para preservar ou restaurar o meio ambiente, reduzindo impactos ambientais, ajudando a proteger a biodiversidade e os ecossistemas, reduzindo o consumo de energia, a emissão de CO2 e evitando formas de desperdício e poluição em direção à sustentabilidade. Podem produzir bens ou fornecer serviços, sejam eles em setores tradicionais, como a indústria e a construção, ou em novos setores emergentes, como energia renovável e eficiência energética, mas que sempre beneficiem o meio ambiente, como por exemplo os edifícios verdes ou transportes limpos.”

Vamos então à uma pincelada de números e informações que chamam a atenção, sobre os empregos verdes no Brasil:

  • Dados do setor solar estimam que para cada megawatt solar instalado sejam criados entre 20 e 30 postos de trabalho (diretos e indiretos). Sendo assim, calcula-se que algo entre 60 mil e 99 mil novas oportunidades de emprego deverão ser criadas com o desenvolvimento do mercado de energia solar brasileiro até 2018.
  • De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica – Abeeólica, o emprego em energia eólica no Brasil vai gerar 45 mil novas vagas, até 2019.
  • Segundo a revista EXAME, o setor de “materiais de construção sustentáveis” esta listado dentre as 8 áreas promissoras para se abrir um negócio no futuro

Já no setor de construção civil, embora venha sofrendo significativamente com os impactos da crise, a demanda por sustentabilidade e consequentemente a dos empregos verdes não param de crescer.  De acordo com a pesquisa “World Green Building Trends 2016” da Dodge Data & Analytics, o setor de construção sustentável global continua a dobrar a cada três anos, e irá alcançar a marca de 60% dos novos projetos sustentáveis até 2018.

Na ultima conferência do clima em Marrakesh – COP21, o World Green Buiding Council (WGBC) firmou um compromisso para reduzir 84 gigatons de emissões de CO2 nas edificações até 2050. Oito Green Building Councils já firmaram compromisso para participar deste projeto, incluindo o  Brasil, e dentre os objetivos do projeto esta a capacitação de 75.000 profissionais sobre a construção net zero até 2030, e 300.000 até 2050.

Já no Brasil, de acordo com a pesquisa “Tendências na Construção Civil Brasileira 2015”, em 2009, as obras sustentáveis no Brasil representavam 1% de todo m2 útil de construção, em 2014, atingiu o patamar de 7,3%, representando uma evolução de 780% ao longo desses anos.

O ano de 2016 foi o que mais acusou registros de empreendimentos buscando a certificação LEED. Além disso novos projetos de leis, leis, resoluções, normativas e políticas publica, surgem a cada dia no Brasil propondo benefícios e isenções fiscais para as construções sustentáveis, as energias renováveis e a reciclagem. Para atender à essas novas leias e demandas, são necessários cada vez mais profissionais capacitados. Mas aonde estão e quem são esses profissionais?

Pouco se fala mas até 2030, todos os edifícios (públicos, comerciais, de serviços e residenciais) deverão possuir a etiqueta de eficiência energética do Procel, além de já ser obrigatória para novas construções e reformas de edificações públicas federais, através da Instrução Normativa 02/2014 do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Uma pesquisa publicada pelo Conselho Brasileiro de Construção Sustentável intitulada “Aspectos da Construção Sustentável no Brasil e Promoção de Políticas Públicas 2014” mostrou que há um grande desconhecimento no mercado a respeito dos benefícios da construção sustentável, além de ter apontado a falta de profissionais capacitados e a baixa oferta de treinamentos para esses profissionais.

Hoje já são mais de 1.200 empreendimentos buscando a Certificação LEED no Brasil, o que coloca o pais na colocação de n°4 no ranking de países com maior quantidade de construções sustentáveis. Ainda que esse numero seja extremamente significativo, o Brasil conta hoje com somente 375 profissionais certificados (LEED GA e LEED AP), ou seja; são mais de 3 projetos para cada profissional. De acordo com o censo do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, em 2012 eram cerca de 95 mil arquitetos com registros ativos no Brasil, sem contar os engenheiros civis e todos os outros profissionais que atuam ou podem atuar nas construções sustentáveis. A conclusão dessa análise é simples: tem muitos profissionais atuando no mercado de construção civil, mas pouquíssimos preparados para a demanda inevitável da construção sustentável.

Ninguém precisa ser um expert em economia para saber que as crises são cíclicas, é só olharmos para a historia do Brasil nos últimos 50 anos; foram pelo menos 4! E após as crises, os mercados voltam a se fortalecer e a economia girar. Ou seja, cedo ou tarde (esperemos que mais cedo do que tarde) isso irá acontecer, e a roda vai voltar a girar a todo o vapor! Mas com uma diferença sem sobra de dúvidas; cobrando de forma muito mais pesada a inclusão de ações sustentáveis!

Portanto uma coisa é certa; são nas crises que surgem as grandes ideias e as oportunidades, são nesses momentos que devemos olhar para nossas carreiras, identificando aonde e como podemos melhorar, e definindo ações para driblarmos o mau desempenho econômico e obtermos sucesso!

Cursos de aperfeiçoamento, sejam de curta ou longa duração são ótimos para momentos como esses. O profissional que visa ter um emprego verde e estar preparado para as novas demandas, que já batem à nossa porta, deve conhecer e saber por em prática a sustentabilidade. Neste sentido as acreditações profissionais, como o LEED GA, LEED AP, Profissional GBC Casa, entre outras vêm para contribuir com esta necessidade e a incentivar que a régua de qualidade e capacitação do mercado esteja sempre atualizada e evoluindo constantemente.

Minha sugestão? Corre e vai se atualizar, nunca é tarde para estudar e informação nunca é demais! E o mercado? Ahh, ele vai melhorar, esteja preparado!

 

Texto original publicado no Blog do Green Building Council Brasil – https://goo.gl/sVCdYs