A Equipe da StraubJunqueira Deseja BOAS FESTAS!

2016 foi a prova de que as pessoas que perseguem seus sonhos e objetivos persistem. Não foi um ano fácil, mas agora, às vésperas de 2017, convidamos você a vir conosco para um ano cheio de esperanças, positivismo, paz, prosperidade e muita sustentabilidade para todos nós.Esse é o mais profundo desejo da equipe StraubJunqueira.

 

Projeto Legado: Instituto Favela da Paz

A SJ saiu na revista Greenbuilding Brasil 2016 falando sobre o Projeto Legado: Instituto Favela da Paz!!

Um projeto que vem sendo realizado com diversos parceiros e visa trazer mais cultura, educação e respeito mútuo dentro dos princípios da sustentabilidade em uma das maiores favelas de São Paulo!!

Confira a matéria na íntegra no link abaixo!!

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Certificação WELL promove saúde e bem estar nas edificações

Saiu o Case da SETRI, com consultoria da SJ, no Blog do GBC Brasil. Confiram no link ou na matéria na íntegra abaixo!

Com cerca de 2 milhões de metros quadrados construídos em 12 países, a certificação WELL ganha espaço no mercado da construção sustentável na promoção de saúde e bem-estar dos usuários
Projetar e construir ambientes que promovem a saúde e bem-estar aos usuários se tornou um dos pontos mais importantes no âmbito da construção civil.  Estes requisitos têm sido cada vez mais relevantes como fatores de decisão dos consumidores em geral. A certificação WELL Building Standard foi desenvolvida para atender esta demanda na busca por qualidade de vida, saúde e produtividade dos usuários aliada à sustentabilidade ambiental dentro dos espaços construídos, além de ser uma ferramenta complementar a Certificação Internacional LEED. Esta integração entre o IWBI (International Well Building Institute) e o GBCI (Green Building Council Institute) com as ferramentas certificadoras WELL e LEED  proporcionam um desenvolvimento mais assertivo e garantem resultados positivos. A certificação WELL baseia-se em sete categorias, tais como, ar, água, alimentação, luz, fitness, conforto e mente. Um olhar mais atento para estes conceitos mostra que eles são significativamente relevantes em um edifício, uma vez que passamos cerca de 90% do tempo de nossas vidas em ambientes construídos.  Atualmente, mais de 80 edifícios com cerca de 2 milhões de metros quadrados localizados em 12 países já possuem a certificação ou encontram-se registrados, em fase de desenvolvimento. O Brasil já teve o primeiro projeto registrado na Certificação WELL Building Standard, o escritório da SETRI (empresa Membro do GBC Brasil), em São Paulo. A versão 1 da certificação abrange tipologias como edifícios de escritórios comerciais e institucionais que vão desde edifícios novos e existentes, projetos de interiores, novos e existentes, até a categoria Core & Shell que contempla a estrutura do edifício, incluindo o posicionamento das janelas e vidros na fachada, as proporções da construção, o sistema de aquecimento, refrigeração e ventilação e a qualidade da água fornecida ao edifício. Esta tipologia também avalia as instalações e oportunidades de bem-estar no terreno. Visando a melhoria contínua e avanço da certificação e de seus resultados foram desenvolvidos pelo IWBI programas pilotos para o setor de varejo, residências multifamiliares, educação, restaurantes, cozinhas comerciais, instalações de saúde, instalações esportivas e setor publico. A implantação da certificação WELL nas edificações traz efeitos benéficos tanto para a questão humana quanto para o lado econômico. O ambiente com características adequadas e saudáveis contribuiu de forma plena para o bem-estar, conforto, aumento de produtividade e diminuição do absenteísmo, melhora da satisfação e promove até a felicidade dos ocupantes. Além disso, influenciam diretamente nos efeitos psicológicos, frequentemente causados por ambientes cujas rotinas possuem alto nível de stress, como é o caso das edificações hospitalares. Além dos benefícios imensuráveis proporcionados à vida e a saúde dos usuários, a certificação permite agregar ao projeto um elevado potencial comercial, através do retorno de investimentos significativos, fruto da redução de despesas em longo prazo tanto com pessoal quanto com relação à vida útil do edifício.
Estudo de caso aponta que 94% obtiveram impactos positivos no desempenho de seus negócios 
De acordo com estudo de caso realizado pelo IWBI, com os usuários do primeiro edifício certificado WELL Building Standard, a sede da CBRE na Califórnia, 83% dos ocupantes disseram sentir-se mais produtivos e 92% informaram que o novo espaço de trabalho criou efeitos positivos na saúde e bem-estar. Voltando-se para o lado comercial, 100% das empresas confirmaram o interesse de seus clientes por este novo método de trabalho, além disso, 94% garantiram que obtiveram impactos positivos no desempenho de seus negócios. “Investir na saúde e bem-estar dos colaboradores tem o potencial de ajudar as empresas a reter os melhores talentos, aumentar a produtividade dos funcionários e satisfação, fortalecer os esforços de responsabilidade corporativa e reduzir o absenteísmo”, ressalta Paul Scialla, diretor executivo da Delos, fundadora do WELL Building Standard. A ferramenta WELL Building Standard é fruto de sete anos de pesquisas e investigação através da colaboração por conceituados profissionais da medicina, da ciência e profissionais da indústria. O principal foco na criação desta certificação, como já dito acima, é o bem-estar e a saúde humana, fatores que exigem a necessidade de um corpo de profissional qualificado para seu desenvolvimento. Os recursos inerentes à certificação WELL contribuem diretamente em sistemas vitais da saúde humana. Outra figura importante no processo de certificação WELL é o profissional acreditado ,WELL AP, que possui conhecimento sólido e especializado voltado para saúde e bem-estar nas construções. De acordo com Paul Scialla, a credencial WELL associada ao profissional acreditado LEED promove oportunidade e um diferencial frente ao mercado da construção civil. “A certificação WELL está levando a indústria a repensar a sua abordagem para a construção sustentável, a criação de uma nova oportunidade de mercado, colocando as pessoas no centro das decisões de projeto e construção”, garante o especialista.
O processo de certificação WELL
O processo de certificação WELL envolve cinco etapas: Inscrição; Documentação; Verificação de desempenho; Certificação; e Recertificação (não aplicável para Core & Shell). O Os projetos que buscam a Certificação WELL devem se registrar no IWBI através do WELL Online.
As equipes de projetos podem registrar o projeto a qualquer momento à medida que evoluem no processo de desenvolvimento do projeto. Entretanto, é mais vantajoso registrar o projeto o mais breve possível para que as estratégias que irão satisfazer a Certificação possam ser integradas desde o início. A etapa de documentação inclui documentos e desenhos do projeto, declarações de garantia da equipe de projetos, além da necessidade de revisão desta documentação para certificação final. Na fase de verificação de desempenho, testes são realizados no local após a ocupação e durante a operação do edifício, procedimentos necessários para avaliar e validar o desempenho previsto. A certificação é concretizada após a validação do projeto quanto à conformidade da documentação e resultados de desempenho. A recertificação garante, a cada três anos, o alto nível do projeto em relação ao design, operação e manutenção ao longo do tempo.
Níveis e critérios para certificação WELL
A certificação pode ser atingida em três níveis, Silver, Gold e Platinum. Para conquistar qualquer um dos níveis é necessário o atendimento de todas as pré-condições estabelecidas nas diretrizes da certificação. Para obtenção de níveis mais elevados o projeto deve apresentar um alto percentual de otimização de recursos.
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O Caminho das Águas

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU em 22 de Março de 1992. Nessa data, foi também apresentado o documento “Declaração Universal dos Direitos da Água”, confira o documento na íntegra mais abaixo na matéria. Desde então, a semana do dia 22/03/1992 traz os mais diversos eventos sobre o tema. Sejam palestras em empresas, seminários, exposições e ações promovidas pela sociedade.

Esse ano, a StraubJunqueira participou de dois eventos: Fórum Água 2016 – CEBDS e FIESP – A Crise Não Acabou. Ambos os eventos promoveram debates importantes, com professores e estudiosos, sobre esse recurso que parece ser tão abundante, mas que na realidade se mostra tão escasso.

Deste modo, em meio a tantos eventos e ações de diversas inciativas que ocorreram nesta semana, gostaríamos de compartilhar alguns questionamentos que nos fizemos ao longo desses dias:

 

  1. Será que a crise hídrica realmente acabou em São Paulo?
  2. Quem foi o grande “vilão” nessa crise hídrica que se iniciou em São Paulo em 2011 e se alastrou pelo Brasil? Foi a escassez de chuvas, o que não ocorria desde 1930, ou foi a falta de atenção das autoridades competentes que não deram valor a real dimensão do problema? Lembrando que estudos apontavam para esse problema e ainda o fazem.
  3. Falandosobre gestão, será que a solução está em buscarmos água em fontes cada vez mais longe das grandes metrópoles e gastando bilhões de reais ou em buscarmos medidas de redução do consumo e desperdício de água?
  4. Não seria interessante diversificar o sistema de abastecimento de água? Pensando agora nos efeitos das mudanças climáticas, será que a disponibilização desse recurso sempre virá da mesma forma? Será que não deveríamos utilizar junto com as águas represadas (superficiais), também as subterrâneas? Ou até mesmo a dessalinização da água do mar, já sendo feita em 9 estados brasileiros?
  5. Ainda sobre a Austrália, esse país do tamanho do Brasil, porém com uma população 10 vezes inferior, passou por uma crise hídrica que iniciou em 1990 e foi oficialmente encerrada em 2012, ou seja, 22 anos de crise. Será que estaríamos preparados para um período de estiagem dessa magnitude? A solução encontrada por eles foi a de dar o direito de posse de água para os seus cidadãos, o que significa que os australianos poderiam comprar e vender a água que recebem, e investir em plantas de dessalinização. Em algumas regiões mais áridas, há ainda a ideia de se tratar o esgoto para consumo humano, algo considerado seguro pelos especialistas e muito mais barato que potabilizar a água do mar.
  6. Nessa mesma linha, Nova York capta sua água das montanhas Catskills, há quase 200km de distância. Para atender a legislação americana, apenas joga-se cloro na água. A grande questão enfrentada por eles é se era menos custoso fazer estações de tratamento de água ou optar por proteger seus mananciais da poluição. A segunda opção foi mais vantajosa, então a cidade de Nova York comprou grandes áreas no entorno do manancial para manter e proteger. As que não foram adquiridas pela megalópole utilizou-se o PSA – Pagamentos por Serviços Ambientais – em outras palavras, a cidade de Nova York paga para os proprietários de terras próximos aos seus mananciais para que os mesmos não exerçam nenhuma atividade que possa influenciar a qualidade da água que passa pelos terrenos para chegar até chegar ao seu destino. Enquanto isso, o maior reservatório de São Paulo é o Cantareira. O que fazemos para protegê-lo e recuperar sua mata ciliar? Mais preocupante ainda, será que temos algum plano de curto, médio e longo prazo para mantermos sua relevância? A cidade de Extrema, em Minas Gerais, optou pelo PSA. No evento da FIESP foi dito que devido a explosão demográfica em algumas cidades da Serra da Mantiqueira, a água que abastece o cantareira hoje é apenas 30% do que era a 10 ou 15 anos atrás. Será que São Paulo não poderia utilizar uma partezinha dos bilhões em investimentos de novos reservatórios e estações de tratamento de água e fazer algo como fez Nova York?
  7. Se 70% da água consumida no Brasil é para a agricultura, 22% para a indústria e 8% para a população em geral, será que não deveríamos estar pensando em políticas para melhorar o sistema de irrigação das plantações e o processo das indústrias? A conscientização da população também é fundamental nesse processo, porém, honestamente, o que aprendemos com a crise de 2011 a 2016?

Por fim, abastecimento de água está atrelado com o sistema de coleta e tratamento de esgoto. Não se pode pensar somente em crise hídrica num país em que quase todos os seus rios estão comprometidos. Torna-se impensável ter que entender a crise hídrica quando se falta água na torneira, mas tem enchente na sua porta (e isso realmente aconteceu em São Paulo).
Com os questionamentos postos, convidamos vocês a darem suas opiniões e levantarem outras perguntas. Acreditamos que promovendo debates como esses, de forma ampla, podemos  compreender melhor a dimensão dos problemas e atuarmos, mesmo que de forma local, pensando sempre no global! Afinal a água deveria ser de todos!

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
Fonte:

https://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Meio-Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.html

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Sustentabilidade corporativa depende de práticas gerenciais

Transparência, critério na compra de produtos e relacionamento com vizinhança são práticas estimuladas pela gestão sustentável

https://www.aecweb.com.br/cont/m/rev/sustentabilidade-corporativa-depende-de-praticas-gerenciais_12098_0_1

Redação AECweb / e-Construmarket

“Meu empreendimento será certificado LEED. Então, minha empresa também será LEED?” A pergunta recorrente levou o engenheiro Eduardo Straub e a arquiteta Luiza Junqueira, ambos LEED AP, titulares da StraubJunqueira, a colocarem em foco um nicho pouco explorado no setor da construção civil: o da sustentabilidade corporativa. “Desenvolvemos uma metodologia para tornar sustentáveis empresas da cadeia da construção, e não apenas o empreendimento”, diz ele. Independentemente de estarem sediadas em edifícios construídos de acordo com as exigências da sustentabilidade, o que conta são as práticas gerenciais dessas empresas. Para uma incorporadora, são consideradas, entre outras atuações, a sua governança e a comunicação com seusstakeholders.

“É o caso da incorporadora que compra um terreno e, nele, constrói um edifício que pode até mesmo ser sustentável, mas jamais conversa com a vizinhança. Nos relatórios de sustentabilidade, essa empresa deve deixar claras suas responsabilidades socioambientais. Isso vale para a vizinhança, mas também para os futuros clientes”, comenta Straub, lembrando que essa postura vale para toda a cadeia da construção civil.

“Desenvolvemos uma metodologia para tornar sustentáveis empresas da cadeia da construção, e não apenas o empreendimento”

Eduardo Straub

A excelência em sustentabilidade corporativa leva tempo para ser atingida. São traçados objetivos e metas a serem alcançados em curto, médio e longo prazos, de maneira que a empresa conheça as etapas que terá de percorrer. “Por exemplo, ela nunca poderá se autointitular sustentável se ela não tem ideia de onde vêm os produtos que está adquirindo e quem são os fornecedores. Porque, sem esse conhecimento, pode estar comprando madeira ilegal ou itens de indústrias que praticam informalidade”, alerta o engenheiro.

De acordo com Junqueira, empresas que praticam o greenwashing (maquiagem verde) muitas vezes o fazem por má-fé, mas na maioria dos casos o fazem como resultado do desconhecimento do assunto. “A ponto de acharem que existe uma certificação LEED para produtos – quando na verdade, podemos falar em produtos que atendem aos critérios da certificação”, comenta.

A consultoria procura levar treinamento às empresas da cadeia da construção para todos os atores, desde os que trabalham no canteiro até os que atuam nas indústrias, de maneira que tenham conhecimento do que é sustentabilidade e evitem reportar greenwashing.

“O empresário não percebe que esse investimento [em materiais sustentáveis] trará resultados futuros, não somente financeiros, mas de valor para a empresa, além de evitar o uso excessivo de recursos naturais”

Luiza Junqueira

ENTRAVES

O principal entrave identificado pelos consultores é a falta de clareza de algumas empresas sobre a importância da sustentabilidade corporativa. Na opinião de Straub, a sociedade está cada vez mais exigente, pedindo por essas práticas, e quem não entender isso a tempo vai deixar de existir no futuro, ou terá de mobilizar muito mais capital financeiro para alcançar as demais. “É clássico o caso de incorporadoras/construtoras que contam com a nossa consultoria para certificar um empreendimento, mas que consideram a compra de materiais de melhor qualidade ou mais sustentáveis como um custo, e não como investimento. O empresário não percebe que esse investimento trará resultados futuros, não somente financeiros, mas de valor para a empresa, além de evitar o uso excessivo de recursos naturais”, relata Luiza Junqueira. Já Straub chama a atenção para a necessidade de o tema da sustentabilidade permear todos os funcionários das empresas. Devem ter a percepção de qual política norteia a adoção dessas práticas, que valores trará e por que implementá-la.

Os profissionais consideram que os segmentos mais resistentes à implantação da sustentabilidade gerencial são as pequenas e médias construtoras, além dos pequenos fabricantes de materiais. “Com a disseminação das certificações de impacto ambiental, o mercado passou a buscar produtos mais adequados ambiental e socialmente. Alguns fabricantes já estão se adequando, porém, muitos temem, na implantação de uma gestão sustentável – que exige transparência na comunicação da empresa –, correrem o risco de revelar segredos industriais ou práticas pouco éticas. Isso abrange a origem das matérias-primas, que podem conter contaminantes, a utilização de mão de obra escrava ou a criação de impactos ambientais e sociais na sua extração”, revela Straub.

Case

A StraubJunqueira está trabalhando com uma empresa de montagem de estruturas metálicas que deseja saber o que deve fazer para ter uma gestão mais sustentável. Segundo Straub, a primeira etapa consistiu na verificação da legislação e das normas técnicas que impactam sua atividade. Outra fase do processo envolverá a identificação da origem das matérias-primas que utiliza – no caso, dos componentes utilizados na montagem das estruturas. “Posteriormente, essas informações deverão ser comunicadas à cadeia que compra o seu serviço”, explica Straub, lembrando que os colaboradores serão informados constantemente através dos relatórios de sustentabilidade corporativa.

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COLABORARAM PARA ESTA MATÉRIA

Eduardo Straub – É LEED AP BD+C, sócio da StraubJunqueira – Consultoria em Construção Sustentável. Engenheiro Civil, formado pela Escola de Engenharia Mauá, pós-graduado em Gestão Ambiental pelo SENAC, curso de especialização em Construções Sustentáveis pelo GBC Brasil; master em Gestão de Sustentabilidade pela FGV, LEED AP BD+C; membro e participante dos comitês do CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável; participante dos comitês do referencial técnico para residências – GBC Casa. .

Luiza Junqueira – É LEED AP BD+C; DGNB Consultant e consultora do GBC Casa. Sócia da StraubJunqueira – Consultoria em Construção Sustentável. Arquiteta e Urbanista, formada pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo. Ainda na universidade se tornou a primeira estudante LEED AP do Brasil. Atua na área de consultoria em sustentabilidade com ênfase em certificação LEED desde 2007, participando ativamente de empreendimentos certificados em todo o Brasil, dentre o quais destaca-se o primeiro empreendimento Core & Shell do país, a primeira escola da América Latina e a primeira sede de prefeitura do Brasil. Fez parte da equipe de vários outros como shoppings centers, arenas de futebol para a copa do mundo FIFA 2014, indústrias, entre outros do setor público e privado. Também é Consultora certificada DGNB (German Sustainable Building Council), e atua como voluntária do Living Building Challenge São Paulo. É professora do GBC Brasil, responsável pelo curso “Como se Tornar um LEED Green Associate”.