WEBINAR QUALIDADE DO AR INTERNO – 12/05 às 17h

WEBINAR QUALIDADE DO AR INTERNO

Construções Saudáveis e as Certificações WELL e FITWEL, doCovid-19 para o Futuro

Neste primeiro evento da série de Webinars que será promovido pela StraubJunqueira, nosso Diretor Eduardo Straub, recebe Leonardo Cozac – Eng., Diretor da Conforlab Engenharia Ambiental e Diretor de Operações e Finanças da ABRAVA (Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento).

Em um bate-papo de 1hr, eles irão abordar a importância da qualidade do ar interno e cuidados que vão desde o controle das fontes poluidoras, ventilação e limpeza do ar.

Se a preocupação com a Qualidade do Ar Interno estava ficando cada vez mais evidente antes da pandemia, de agora em diante se torna um caminho sem volta. Em breve as atividades em edifícios comerciais, escolas e varejo voltam ao normal. Como será que esses setores estão ou devem se prepapar para garantir um ar saudavel, que não coloque em risco a saúde das pessoas?

Esses serão alguns dos assuntos abordados por eles!

Então marque na agenda e venha conosco – 12/05/2020 das 17h às 18h.

Increva-se

StraubJunqueira – sala “Saúde e Bem-Estar” na Greenbuilding 2019

Na semana mais importante do calendário da construção sustentável no Brasil, a StraubJunqueira marcou presença novamente! Neste ano fomos patrocinadores do evento e idealizadores do espaço “Saúde e Bem-Estar”.

Desde o início da semana acontece a GREENBUILD 2019, conferência promovida pelo GBC Brasil, que neste ano está em sua décima edição e teve seu modelo completamente reformulado. Passa agora a ter sua grade de palestras (que anteriormente eram pagas e presenciais), gratuita e online, democratizando conhecimento das construções sustentáveis para todos os interessados, em todos os cantos do Brasil e do mundo.

Na segunda-feira (25) ocorreu o evento de abertura no CUBO, único dia presencial e que reuniu as principais lideranças do setor – foi um dia inteiro e intenso de palestras, premiações, network e muitas trocas. E um dos temas mais comentados foi a preocupação com a saúde e o bem-estar humano dentro das edificações – hoje não bastam somente serem sustentáveis, elas devem garantir saúde e felicidade a seus ocupantes.

Antenados a esta nova demanda do mercado de construção que surgiu a ideia do espaço “Saúde e Bem-Estar”, idealizado pelo GBC e StraubJunqueira. Em uma sala vaga, entre o auditório e o Foyer, criamos um lounge e “espaço de descompressão” para o público do evento utilizar ao longo do dia.

A sala trazia uma série de limitações, como mobílias que não podiam ser retiradas; mais especificamente 90 cadeiras, 4 mesas, dois pequenos armários e 4 banquetas (espécie de ativos fixos do local mesmo), além de não poder fixar nada nas paredes e forro, apagar as luzes ou abrir as janelas. Foram com essas limitações, agregadas ao famoso “tempo escasso”, que co-criamos, junto com diversos parceiros, esse espaço que se tornou um sucesso!

Em parceria com a Arquiteta Lucia Fernandes, criamos um layout que solucionou a questão da mobília e criou um fluxo intuitivo de circulação pelo espaço. O “pulo do gato” foi a grande parede de “lego” da EverBlock  que serviu de anteparo para esconder as cadeiras e nela incorporamos “quadros vivos”. Na verdade, a ideia original era criar uma grande parede verde com vegetação de verdade, mas seria impossível criar uma estrutura autoportante (lembrando que não podíamos fixar nada no forro e paredes) que aguentasse todo o peso que uma solução como essa requer. Além disso, também trabalhamos o layout de forma a criar ao fundo da sala um longe com tapete e almofadas, que serviu para o público relaxar e para ser utilizado durante as práticas de “mindfullness”(espécie de meditação guiada) ao longo do dia.

Dentre todas as limitações de espaço e tempo, conseguimos agregar à sala conceitos como biofilia, qualidade do ar, conforto, monitoramento, alimentação saudável e bem-estar mental. Durante o dia, além das práticas de meditação, também houve um momento para os apoiadores apresentarem ao público seus serviços e soluções através de sessões de Pitch, com duração de 5 minutos cada uma.

Sem dúvidas foi um sucesso! Por fim, gostaríamos de reforçar aqui o nosso agradecimento ao GBC Brasil pela confiança, e a todos os apoiadores parceiros por embarcarem conosco nessa ideia!

São eles:

E, como não poderia deixar de ser, na terça-feira (26), falamos mais um pouco sobre “saúde e bem-estar” com a palestra “Cases WELL e Experiências Práticas no Brasil” – conteúdo da grade de programação do Congresso GREENBUILD 2019.

Como tornar as construções mais eficientes?

Em matéria divulgada pela AECWeb deste mês, nosso sócio Eduardo Straub dá sua opinião sobre como tornar as construções mais eficientes.

Leia abaixo o texto todo na íntegra.

Você sabe como tornar as construções mais eficientes?

O projeto deve minimizar o emprego de recursos naturais e a carga térmica instalada, oferecer conforto ambiental, ser exequível economicamente e reduzir ao mínimo os custos com operação e manutenção

“Não é tão simples definir o que é uma construção eficiente. A arquiteta Sandra Pinho Pinheiro, sócia diretora da consultoria de sustentabilidade Petinelli, defende que para receber tal nome, a edificação precisa atender adequadamente ao uso a que se destina e ser projetada de forma a minimizar o emprego de recursos naturais e a carga térmica instalada. “Além desses quesitos, o projeto deve ainda oferecer conforto ambiental aos usuários, ser exequível economicamente e reduzir ao mínimo os custos com operação e manutenção”, destaca.

Eduardo Straub, sócio da consultoria StraubJunqueira, relaciona o modelo ao Building Information Modeling (BIM), que visa a colaboração de todos os envolvidos nas fases de projeto, construção, operação e fabricação de materiais. “A ideia é que todos trabalhem juntos utilizando o mesmo modelo. O conceito do BIM integra não só o modelo em 3D para visualização ou detecção de interferências, mas também o planejamento, a extração de quantitativos, o orçamento, o gerenciamento de facilities, sustentabilidade e comissionamento”, detalha o engenheiro.

Por fim, fechando o ciclo, a sustentabilidade faz a integração de estratégias que pretendem minimizar os impactos ambientais das edificações e a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde de seus ocupantes. A comprovação desse quesito é feita pelas certificações disponíveis no mercado, como o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), o processo AQUA-HQE, o selo WELL e o Referencial GBC Brasil CASA.

“O que acontece hoje no Brasil é que pouquíssimos projetos realmente utilizam o IPD como processo. E o BIM – quando empregado – é somente uma ferramenta de modelagem 3D”, lamenta Straub.

De acordo com Straub, para que a construção seja eficiente, ela deve alinhar o processo, o modelo e a sustentabilidade. Idealmente, o processo deve adotar o Integrated Project Delivery(IPD) ou Desenvolvimento Integrado de Empreendimentos. “O IPD procura integração, colaboração e compartilhamento de riscos de todos os players de um empreendimento. A ideia é justamente otimizar os resultados, aumentar o valor para o cliente e melhorar a eficiência nas fases de projeto, obra e fabricação dos materiais”, explica.

EFICIÊNCIA HÍDRICA

De modo geral, há uma série de medidas a serem incorporadas à construção para torná-la minimamente eficiente. Segundo Pinheiro, as soluções são aquelas que recuperam, conservam e/ou tratam, reutilizam e minimizam os recursos de água ou energia de forma parcial ou total. “A escolha da solução deve ser baseada na avaliação de seu impacto técnico, custo e desempenho, que pode ser projetado por softwares simuladores”, diz. Edificação eficiente não significa uma superposição de medidas ditas eficientes, mas aquela que apresenta resultados expressivos relativos à sinergia entre as soluções implementadas. “Infelizmente, essa visão distorcida tem contribuído para a percepção de que construções eficientes são mais caras”, declara a arquiteta.

Straub elenca algumas soluções para eficiência hídrica, como dispositivos de baixo consumo em mictórios, torneiras, descargas e chuveiros. Aproveitar a água da chuva para utilização em descarga, limpeza e irrigação também é válido e, se possível, reutilizar a água através de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) instalada no projeto.

São bem-vindas, segundo o engenheiro, ações como medição periódica e checagem dos dados, não só da edificação, mas também dos subsistemas, como irrigação, água quente, aproveitamento de água pluvial e/ou reuso, a fim de identificar possíveis vazamentos e desperdícios. É importante também garantir a qualidade da água fornecida no empreendimento – responsabilidade da administração do condomínio ou do proprietário da edificação.

A edificação eficiente precisa atender adequadamente ao uso a que se destina, minimizar o emprego de recursos naturais e a carga térmica instalada, oferecer conforto ambiental aos usuários, ser exequível economicamente e reduzir ao mínimo os custos com operação e manutenção

Sandra Pinho Pinheiro

 

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Straub lembra que a eficiência energética começa pelo projeto de arquitetura, que engloba a orientação do edifício em relação ao sol, as estratégias de iluminação e ventilação naturais que serão empregadas, o layout interno de acordo com o uso da edificação e até os materiais que compõem o isolamento externo, como fachadas e cobertura. “Tudo isso evita o aumento das cargas térmicas internas, que irão influenciar diretamente no uso do ar-condicionado e no conforto dos ocupantes”, observa.

O passo seguinte é a definição dos equipamentos eficientes que serão instalados, como lâmpadas com baixo consumo e sem mercúrio, como as de LED; os sistemas de ar-condicionado com COP (Coeficiente de Desempenho) ou EER (Índice de Eficiência de Energia) elevados; bombas com alto rendimento e equipamentos e dispositivos com a etiqueta Procel nível A.

O engenheiro recomenda a utilização de sistema termosolar para aquecimento de água, de sensores de presença em áreas comuns e de dimmers para integrar o sistema de iluminação artificial com a iluminação natural, além de desligamento automático de tomadas, entre outros recursos. “Medir e checar os dados das fontes de energia que abastecem o edifício é essencial para entender o consumo energético e identificar possíveis desperdícios”, afirma Straub. Por fim, o projeto pode prever a instalação de sistemas de geração renovável de energia, como os painéis fotovoltaicos.

Pinheiro confirma que a arquitetura passiva é a maior responsável por uma construção eficiente. Afinal, o projeto com essa concepção permite reduzir a carga térmica da edificação e aproveitar a luz natural, diminuindo a necessidade de sistemas energéticos mecânicos para assegurar o conforto. “Nesse sentido, os arquitetos são a solução para viabilizar economicamente qualquer tipologia de uso para o melhor desempenho ambiental”, opina.

A arquiteta vai além, afirmando que todas as disciplinas integradas com a arquitetura passiva devem repensar suas estratégias, deixando de lado velhos padrões e premissas desatualizadas. A busca de sinergia entre as medidas e os sistemas a serem incorporados devem passar pelo crivo de simuladores computacionais que projetam o desempenho esperado. “A mudança de paradigma é entender o comportamento do edifício: quais medidas, sistemas, fachadas e áreas contribuem (com qual porcentagem) para o melhor desempenho. É uma abordagem nova e desafiadora para todos os profissionais. As decisões projetuais passam a ser definidas pelo resultado esperado, compreendida sua importância para o usuário ou cliente. O sucesso de um empreendimento passa a ser mensurado não só por seu conceito e impacto na paisagem, mas principalmente, pelo quanto ele contribui para minorar o impacto ao meio ambiente e reduzir o custo de operação”, expõe Pinheiro.

ECONOMIA X TIPOLOGIA DA EDIFICAÇÃO

As possibilidades de redução do consumo de água e energia variam em relação à tipologia da edificação. Straub lembra que a operação de um edifício residencial é diferente da de uma indústria que opera 24 horas por dia ou de um edifício comercial ou hospital. “Cada edificação e tipologia devem ser estudadas durante o projeto ou na fase de operação, para identificar pontos de melhoria, implementar estratégias e fazer o monitoramento dos consumos energético e hídrico”, recomenda.

Já Pinheiro comenta que em edifícios verticais com grande metragem, mas pouca área de cobertura, podem ser inviáveis a coleta suficiente de água pluvial e a instalação de geração de energia renovável, por exemplo, ao contrário de construções de menor porte ou com grande área de telhado.

Para que a construção seja eficiente, ela deve alinhar o processo, o modelo e a sustentabilidade. Idealmente, o processo deve adotar o Integrated Project Delivery(IPD) ou Desenvolvimento Integrado de Empreendimentos

Eduardo Straub

“Outro aspecto influenciador importante é a demanda por sistemas mecânicos e luminotécnicos em escritórios, que permitem maior redução do consumo atrelado ao uso de equipamentos eficientes em layouts simulados e sistemas automatizados. Com isso, as reduções são expressivas, podendo atingir 70% se comparadas a um edifício padrão”, exemplifica a arquiteta.

Com a mesma lógica, é possível obter resultados interessantes na redução do consumo de água em empreendimentos com grande demanda, como hotéis, hospitais e indústrias. Neles, é possível coletar, tratar e aproveitar a água pluvial, além de metais e louças de baixo consumo.

Por fim, de acordo com Pinheiro, algumas tipologias que aliam a eficiência energética de seus sistemas à geração de energia fotovoltaica conseguem redução total do consumo de energia. São os chamados edifícios autossuficientes.”

Para saber mais acesse a matéria completa.

Residência HLC é Segunda Colocada no 5° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável

Na na noite da última quinta-feira aconteceu entrega da maior premiação de arquitetura sustentável do Brasil – O 5° Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura – Habitat Sustentável. 

A Residência HLC que foi certificada no ano passado pelo GBC Brasil Casa, nível Ouro e contou com a consultoria em sustentabilidade da StraubJunqueira ficou na segunda colocação na categoria Profissional – Edificação Residencial.

“O prêmio promovido pelo Grupo Saint-Gobain, com o apoio do suas empresas Brasilit, Cebrace, Isover, PAM, Placo e Weber, incentiva e fomenta o uso de tecnologias, processos e a correta especificação de produtos na Construção Civil brasileira em prol do conforto, inovação e sustentabilidade.

Em sua 5ª edição, consolida seu propósito na busca de projetos que apresentem aspectos do conforto, soluções inovadoras e ao mesmo tempo preservem o meio ambiente e promovam a sustentabilidade da construção civil brasileira, e tem por objetivos:

– reconhecer e premiar projetos de arquitetura em desenvolvimento ou já edificados, que se destacaram na proposição de soluções para o conforto do ambiente, inovação e sustentabilidade da obra.

– mobilizar profissionais e estudantes que acreditam que a construção civil exerce significativa contribuição para a sustentabilidade do setor e bem-estar dos usuários; e

– incentivar o uso de tecnologias, processos e a correta especificação de produtos e processos para o conforto do ambiente, inovação e sustentabilidade na construção civil brasileira.”

O projeto da Residência HLC, que foi destaque em matéria do Jornal Nacional, levou em consideração critérios de sustentabilidade desde a concepção dos projetos, utilizando a metodologia de Avaliação de Ciclo de Vida. Adotou preocupações como redução no consumo de água, eficiência energética, uso de materiais ambientalmente preferíveis e garantia da saúde, conforto e bem-estar dos moradores ao controlar a umidade dos ambientes, controlar partículas contaminantes e utilizar exaustão em ambientes que não possuam ventilação natural.

A StraubJunqueira parabeniza todos os envolvidos, em especial ao casal Henrique e Luciana Cury, os arquitetos Kika Camasmie e Jorge Elmor e o Henrique da E-tool.

Conheça todos os vencedores.

Para saber mais sobre esse projeto, leia na integra a matéria, ou assista nosso webinar!

Até a próxima!

Abs. Equipe StraubJunqueira

Bandeira vermelha: é hora de gerar sua própria energia!

Bandeira vermelha: é hora de gerar sua própria energia!

Por Arq. Danielle Garcia

O mais recente anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), publicado no dia 24 de outubro de 2017, foi sobre a proposta para os novos valores das bandeiras tarifárias de energia, que são taxas extras cobradas a partir do momento que os custos na geração de energia aumentam. A partir de novembro, o patamar 2 da bandeira vermelha, que é a maior taxa em vigor, passará de R$3,50 para R$5,00 a cada 100 kWh consumidos. Por outro lado, o patamar 1 da mesma bandeira continua em R$3,00 e a bandeira amarela cai de R$2,00 para R$1,00. Curioso, pois nas vésperas do verão, onde o consumo aumenta de forma significativa devido ao intenso uso de aparelhos de ar condicionado, eu me pergunto qual será a bandeira utilizada nos próximos meses… Precisa responder?

Quando usinas térmicas mais caras têm que ser usadas para garantir o suprimento de energia para o país e não haver risco de racionamento, são acionadas as bandeiras tarifárias amarela e vermelha, que significam um adicional na tarifa de energia dos consumidores. Para termos uma ideia, a energia proveniente das termelétricas é seis vezes mais cara que a energia proveniente das hidrelétricas.

Outra novidade é que além da expectativa das chuvas e do custo da geração na termelétrica, a partir de agora, também serão levados em consideração para os gatilhos, os níveis dos reservatórios. Considerando os níveis criticamente baixos dos reservatórios das hidrelétricas, é provável que as bandeiras tarifárias sejam acionadas com mais frequência, aumentando a conta de energia do consumidor final.

Por isso, mais do que nunca, é preciso estarmos atentos ao direito que temos de produzir nossa própria energia. Desde 2016, a ANEEL através da REN 687/15, permite que qualquer consumidor gere sua própria energia, seja em seu telhado ou terreno, seja por geração remota. Isso quer dizer que, instalando um sistema fotovoltaico, por exemplo, o consumidor tem potencial para produzir a energia que consome, conquistar independência da concessionária que o atende e, melhor, ter liberdade em relação aos aumentos constantes da tarifa e suas bandeiras. Um estudo de viabilidade para cada caso levará em consideração algumas variáveis como área disponível, orientação solar, sombreamentos, etc. Empresas especializadas do setor, na maioria das vezes, realizam esses estudos sem custo inicial.

Apesar da matriz energética brasileira mostrar que a energia fotovoltaica representa menos de 0,02%, o mercado de energia fotovoltaica no Brasil tem crescido rapidamente. Uma prova disso é que o preço de um sistema reduziu cerca de 30% neste ano e o payback desse investimento já gira em torno de 5 anos. Considerando a durabilidade das placas, de 25 anos, é possível ter energia barata durante bastante tempo. Uma energia limpa e de fonte gratuita, em um país com um potencial enorme para geração.

Segundo o Atlas Brasileiro de Energia Solar, o país recebe mais de 3 mil horas de luz do sol ao ano, o que corresponde a uma incidência solar diária de até 6.300 Wh/m². Na Alemanha, líder mundial em energia solar, a incidência de luz solar cai 40% em sua região de maior potencial quando comparado ao Brasil.

A Resenha Energética Brasileira de 2017 mostra que 85,8% dos consumidores de energia elétrica no Brasil são residenciais. Estamos falando de cerca de 6 milhões de telhados com alto potencial de geração de energia.

Por outro lado, somente três em cada dez brasileiros sabe que é possível gerar sua própria energia em casa através de fontes renováveis. Então, vamos compartilhar! Sem entrarmos no mérito ambiental, apesar de que isso me motiva muito, vamos ficar atentos à oportunidade real que temos de economia doméstica. Simples assim! 

Texto escrito pela Arquiteta Danielle Garcia, originalmente publicado em: https://goo.gl/6HPAeQ

Palestra SJ – LEED no Brasil e o futuro sustentável das construções

No dia 08/11 a Arq. Luiza Junqueira estará no Instituto de Engenharia ministrando uma palestra sobre certificações ambientais e em especial a Certificação LEED, presente no Brasil desde 2007.

Será apresentado os últimos dados de mercado das construções sustentáveis, que já representam hoje 10% do PIB da Construção Civil, e abordado as diferentes certificações ambientais e suas aplicações, em especial a Certificação LEED. Trata-se do sistema de Certificação mais utilizado no Brasil e no mundo, presente em 150 países e territórios
Será abordado também sua aplicabilidade nos diversos setores, dificuldades, benefícios e novas tendências.

A inscrição é gratuita, não perca!

Onde: Instituto de Engenharia – Av. Dr. Dante Pazzanese, 120 – Vila Mariana – São Paulo/SP

Quando: 08/11 as 19h30

Para saber mais e se inscrever, acesse o Link.

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 3

Capítulo III – O Surgimento do Imago

As certificações são enormes navios “quebra-gelo” passando por trechos marítimos completamente congelados. Esses navios são essenciais para que outros possam vir atrás sem correrem o risco de afundar. Geralmente é isso o que digo quando me questionam sobre a importância das certificações. E voltando um pouco para os meus tempos de FGV, quando terminei o MBA fiquei tentando assimilar tudo o que eu tinha visto e aprendido ao longo daqueles anos. Basicamente, estudamos como a sustentabilidade pode e deve ser incorporada na nossa atuação pessoal e profissional, de como são importantes as políticas públicas e empresariais, de ter uma boa governança, ser transparente, ter valores, de saber nossas responsabilidades, de agirmos com ética e compreender, um pouco mais, o real significado da palavra liberdade. Liberdade nada mais é do que termos uma sociedade mais justa, uma sociedade que proporcione uma base mais igualitária para darmos o direito de escolha para que o indivíduo possa ser quem realmente ele deseja ser. Dentro de tudo isso, podemos entender que o desenvolvimento sustentável só existe de fato quando nós (sociedade, indivíduo, organizações e governo) pensamos e agimos dentro dos pilares da sustentabilidade. Temos que transformar a nós mesmos e o meio à nossa volta.

Na figura abaixo tento transcrever isso mostrando os ambientes interno e externo. O interno seria, por exemplo, a organização, o indivíduo. O externo é a cadeia que faz parte daquela organização ou indivíduo. A questão é que se trilharmos sozinhos o caminho para o desenvolvimento sustentável, podemos nos decepcionar ao chegar lá e perceber que ninguém mais veio. Por isso é importantíssimo o compartilhamento do conhecimento, da aprendizagem, dos erros e acertos ao longo do percurso.

Figura – Modelo de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável. STRAUB, 2014.

Comparando a Interface com a Marcetex, o despertar da Marcetex para a sustentabilidade aconteceu em 2016, 22 anos após o despertar da Interface, 10 anos após o anúncio do programa “Missão Zero” e 4 anos antes do atendimento de todas as suas metas. No entanto, a Marcetex ainda é uma das empresas pioneiras no Brasil quando o assunto é sustentabilidade. Como uma lagarta que prepara sua metamorfose, a Marcetex deu um importante passo.

Abraços e até a próxima.

Obs. Não deixe de comentar!

Texto escrito por:

 

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os outros capítulos:

Texto originalmente escrito no Blog do GBC Brasil

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 2

Capítulo II – Da Lagarta à Pupa

“Queremos dar o próximo passo.” Leopoldo, responsável pelo departamento estratégico da Marcetex, iniciou a conversa. “Além de outros produtos, fabricamos divisórias para escritórios e gostaríamos de entender o quanto e como podemos contribuir para o LEED.”

Foi interessante perceber essa inversão de papeis. Geralmente somos nós que vamos até a indústria mostrar a importância de incorporar a sustentabilidade em seus produtos, mas, nesse caso, foram eles que chegaram até nós.

Nesse parágrafo, talvez escrevesse sobre como mapeamos todos os critérios ambientais dos produtos da Marcetex e também da sua cadeia de fornecedores; explicaria minuciosamente o cruzamento que fizemos a partir desses resultados com as exigências das certificações mais expressivas do mercado; entraria no resultado final de sua contribuição para o LEED dizendo que hoje a Marcetexatende um total de 2 dos 9 pontos possíveis e mostraria, inclusive, uma figura do resultado final e que intitulamos de DSP – Declaração Sustentável do Produto.

Figura – DSP Marcetex, SJ 2017

Contudo, quero contar uma outra história. Não estamos falando de transparência? E o que seria a transparência senão uma forma do entendimento do seu ser. Do entendimento dos seus erros e acertos. De saber, que muitas das realizações vêm de fracassos… e de não ter medo de expô-los, pois sem eles não haveria a experiência. Por isso, gostaria de contar a história de como uma “exigência” do mercado vem transformando toda uma empresa e nada melhor do que a reflexão de quem participou de todo o processo.

“A realização do diagnóstico para entender o grau de sustentabilidade dos nossos produtos nos deu uma nova visão, um novo olhar para os nossos processos. Houve melhorias na postura da empresa, em nosso comportamento e isso vem se refletindo desde a forma de como estudamos a composição dos materiais até como buscamos fornecedores em nossa cadeia.

O estudo nos possibilitou apontar fornecedores que seguem as exigências do LEED e, principalmente, aqueles que atendem aos requerimentos de VOC e materiais tóxicos. Foram contratados novos fornecedores de colas e tintas, porém, não excluímos os fornecedores antigos. Não faz parte da política da Marcetex excluir, mas trabalhar de forma a capacitar e incluir aqueles que compartilham da mesma visão que temos. Dessa forma, em um dos casos ajudamos um de nossos fornecedores de tintas (lacas e vernizes) para interiores a obter os laudos de VOC para os seus produtos. Em outro caso, temos um pequeno fornecedor de mão de obra que está a anos conosco. Ele tem uma oficina mecânica e cuida da nossa frota. Por ser pequeno, ele não sabia da exigência de uma Licença de Operação para suas instalações e tampouco sabia como fazer para obtê-la. Poderíamos simplesmente ter trocado de fornecedor, porém, escolhemos por usar nossa estrutura para orientá-lo e auxiliá-lo de todas as formas para que ele obtivesse sua licença.

Com este novo conhecimento foi possível entender a receita de produção das divisórias e apresentar os produtos com total transparência, sem ocultar eventuais “vilões ecológicos”, a fim de mensurar o real desempenho ambiental e técnico dos mesmos. Este conhecimento também foi muito importante na implantação do novo processo de orçamentos e custos, trazendo um controle melhor dos custos e preços a serem praticados.

No processo produtivo fazemos agora a gestão correta dos resíduos. Todo resíduo é separado e destinado para locais que tenham as licenças em dia. E esse também foi um ponto de mudança comportamental nosso. Hoje, nossos colaboradores entendem a importância da reciclagem e acaba que nos policiamos sempre que há algum deslize.

Em suma, podemos dizer que o diagnóstico deu um upgrade na atuação ambiental da Marcetex, potencializou o atendimento que já é realizado, realçou as certificações vigentes na empresa como o FSC e a ABNT Rotulagem Ambiental e fundamentou as estratégias em relação aos próximos passos que a Marcetex precisa percorrer em relação a sustentabilidade. São elas: novas certificações, novos relatórios, gestão de qualidade, entre outros.” (Adalberto Alves. Marcetex, 2017)

Sigmund Freud disse certa vez “Olhe para dentro, para as suas profundezas, aprenda primeiro a se conhecer.”

Texto escrito por:

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os outros capítulos:

Texto originalmente escrito para o Blog do GBC Brasil

A Metamorfose das Organizações (Crônicas de Um Mundo Sustentável) – Capítulo 1

Capítulo I – A Eclosão do Ovo

Ainda lembro bem do barulho da primeira bomba que escutei vindo do lado de fora da janela, enquanto assistia a uma aula sobre Negócios e Desenvolvimento Sustentável do alto de uma das salas de aula do prédio da FGV, na Paulista. “Será que vão fechar o metrô?” Alguém me preocupou.

Era 6 de Junho de 2013 e naquela época cursava um MBA sobre Gestão em Sustentabilidade. Do lado de fora, manifestantes declaravam guerra contra o aumento das tarifas do transporte público. Menos de 1 ano depois, ouvia-se nas ruas os gritos de “Não vai ter copa!” de um povo cansado de ver seus impostos escoando pelos ralos da corrupção. E em Julho de 2016, 2 anos após a primeira bomba, a população se movimentava a favor do impeachment de seu presidente e para cobrar, de todos os seus políticos, mais transparência.

Transparência… antes de falarmos de sustentabilidade e de seus pilares, temos que ter a transparência incorporada em todos os nossos atos. Ela tem que fluir de forma natural, inconsciente.

O próprio LEED, em sua versão mais atual, deixa de buscar apenas a performance em seu capítulo de Materiais e passa a dar ênfase na transparência dos produtos e materiais incorporados no edifício. Ainda permanece todo o conceito de regionalidade, conteúdo reciclado, madeira FSC, materiais de reuso e etc, porém, eles são agora uma opção dentro de um crédito que pede que os fabricantes de materiais possuam um relatório público detalhando seus fornecedores de matérias-primas, local de extração dessas matérias-primas, compromisso de responsabilidade para o uso da terra e de redução dos impactos ambientais.

Outros créditos dentro da categoria de Materiais do LEED exigem o EPD ou ACV dos produtos, trazem uma opção de buscar o ACV da edificação como um todo, pedem por uma lista de substâncias químicas utilizadas nos produtos e que atendam a programas como o CASRN, HPD, Cradle to Cradle, GreenScreen e o REACH.

E foi justamente por causa do LEED que a Marcetex chegou até nós. Como escrevi em outra publicação intitulada Tendências para o Setor Residencial, estamos vivendo uma mudança comportamental. Ou seja, a sociedade vem buscando por uma melhor qualidade de vida, por uma alimentação mais adequada e saudável, por empregos e formas de trabalho que nos proporcionem satisfação pessoal e profissional, por flexibilidade nos horários para que possamos trabalhar e também passar um tempo com nossas famílias e amigos e, como consumidores, comprar produtos que não agridam nem ao meio ambiente e nem a nossa saúde.

Algumas empresas como a Votorantim e a Isover Saint Gobain já entenderam essa nova tendência e hoje possuem em sua linha produtos com EPD (Environmental Product Declaration ou Declaração Ambiental do Produto), que nada mais é do que uma ACV (Análise do Ciclo de Vida) realizada a partir de regras específicas para aquele produto e que, ao final do estudo, passou por uma auditoria. A Armstrong, além do EPD, possui também o HPD (Health Product Declaration), cujo objetivo é informar os riscos associados à saúde humana de componentes e substâncias de um determinado produto.

A Interface, case no 1 quando o assunto é sustentabilidade, entendeu essa tendência em 1994 quando começou a focar no pilar ambiental da sustentabilidade e anunciou, em 2006, o programa “Missão Zero”, cuja meta é transpor as 7 fronteiras descritas abaixo até 2020:

1.       Eliminar qualquer tipo de geração de resíduo;

2.       Eliminar a emissão de substâncias tóxicas na fabricação de seus produtos, na sua operação e de seus veículos;

3.       Operar apenas utilizando energia renovável;

4.       Redesenhar seus processos e produtos para utilizar materiais de reuso e bio-based;

5.       Transportar pessoas e produtos eficientemente para eliminar resíduos e emissões;

6.       Criar uma cultura interna que utilize os princípios da sustentabilidade para melhorar a vida e os meios de subsistência de todos os seus stakeholders;

7.       Criar um novo modelo de negócios que demonstre e suporte os valores do comércio baseado na sustentabilidade;

Essa mudança repentina de comportamento ao passar a priorizar a sustentabilidade como estratégia e incorporá-la no modelo de negócios da empresa ainda é raro de se ver, contudo, será mais frequente daqui para frente. Na frutaria aqui perto de casa, entre o tomate com selo orgânico e o “normal”, vejo cada vez mais as pessoas paradas, atentas e comprando da baia de orgânicos.

Texto escrito por:

Eduardo Straub, WELL AP e LEED AP BD+C, Sócio-Proprietário da StraubJunqueira (Consultoria Especializada em Construção Sustentável e Qualidade de Vida, Saúde e Bem-Estar), empresa membro do GBC Brasil.

Veja os próximos capítulos:

Texto original publicado no Blog do Green Building Council Brasil

Webinar – WORKPLACE WELNESS na íntegra

Na última quinta-feira (28/09) tivemos o prazer de participar de um bate-papo super gostoso com a querida Arq. Priscila Benk.

Priscila, sócia proprietária do Qualidade Corporativa, é especialista em Projetos para Ambientes de Trabalho (Gepr. ArbeitsplatzExpertin/ Gepr. BüroEinrichterin), Consultora internacional de Qualidade em Escritórios (Quality Office Consultant), graduada em Arquitetura e Urbanismo pela UFRGS e pós-graduada em Arquitetura de Interiores pela UniRitter Laureate International Universities.

Na ocasião falamos um pouco sobre a interferência dos ambientes construídos na saúde e bem estar dos usuários. Enquanto a Priscila explanou sobre a neuroarquietura (um conceito super novo no Brasil), nós falamos um pouco sobre a Certificação WELL, pois são totalmente complementares!

Quer conhecer mais e conferir o conteúdo completo? Então acesse o link!

Nos vemos em nosso próximo webinar!

Abs da equipe StraubJunqueira